quinta-feira, 4 de junho de 2009

Violência na escola

Antes de desenvolver este tema, quero desde já dizer que não é uma temática da qual eu perceba muito, mas senti que tinha de escrever algo sobre isto.
Todos nós sabemos que, infelizmente, nos estabelecimentos de ensino existe alguma violência. Claro que existe mais nuns do que noutros… Pode ser violência verbal ou física… Pode ser manifestada por qualquer “membro” de uma escola (aluno, professor ou até funcionário).
Muito se tem ouvido falar desta temática pelas piores razões… Certamente todos nós já vimos nos órgãos de comunicação, notícias que denunciam actos irreflectidos da parte de alunos que agridem professores. Penso que isto é das piores coisas que um aluno pode fazer, pois prejudica-se a si próprio e não só… Passo agora a explicar esta parte do “…e não só…”... É certo que nós, alunos, somos provavelmente os membros da escola com mais direitos e privilégios. Agora dirijo-me aos meus colegas que, ao lerem isto, pensarão que eu, de certa forma, “enlouqueci”. Se pensarmos bem, e nos compararmos aos funcionários e professores, veremos que somos os mais privilegiados. Bem…deixarei esta reflexão convosco… Quando qualquer aluno agride um professor (ou até um funcionário) numa determinada escola, é normal que o corpo docente esteja mais atento, primeiramente, em relação aos outros elementos da turma que poderão ter a mesma atitude que o colega teve. Esses alunos perdem a credibilidade que tinham, se assim lhe posso chamar, e os professores estarão muito mais atentos aos seus pequenos erros. Fazendo ainda outra generalização… Imaginemos que a agressão do “tal” aluno ao “tal” professor não foi um caso isolado naquela escola… Essa escola irá ter a “fama” de “escola que tem alunos insolentes e violentos”. Assim, esta perderá crédito e será mal vista. Se existirem vários casos deste género em escolas portuguesas, os “grandes senhores” da Educação em Portugal, retirarão privilégios aos alunos. Tal como diz a velha máxima: “Por um, pagam todos”. E é isto que já está a acontecer…
Falando agora da violência entre alunos… Sei que agora vou fazer uma comparação um pouco estranha, mas espero que a entendam. De certeza que todos vocês já ouviram falar da acção da Inquisição, o tribunal religioso de grande poder do Renascimento… Todos sabem que a aplicação dos castigos às pessoas que assim o tinham merecido (…ou talvez não…) era feito por vezes na praça pública, servindo de espectáculo às pessoas que assistiam. Muitos dos que assistiam adoravam ver aquilo…Ver o sofrimento, a dor, o sangue, as chamas da fogueira onde muitos eram queimados, a fragilidade de quem estava a ser condenado… Que “espectáculo” horrível! Como era possível tal coisa divertir as pessoas?! Bem…isto tudo para dizer que isto ainda hoje acontece…E nas nossas escolas isso acontece imenso!... Quando há uma cena de violência em plena escola podemos ver um aglomerado de gente à volta dos envolvidos na “pancadaria”. Há quem torça pela “vitória” de um dos envolvidos, quem vibre com o que presencia, quem se queira envolver também…Enfim…há de tudo um pouco. Infelizmente, poucos são os que tentam fazer parar aquela cena, ou os sensatos que vão chamar alguém que possa acabar com aquilo. Quando se dão cenas de violência física entre alunos com assistência, esta tem tendência a estabelecer quem foi o vencedor e o vencido.
Mas não nos esqueçamos que também se dão os casos de agressões num local recôndito da escola, em que não haverá testemunhas, e, se as houver, estas não dirão uma única palavra com receio de sofrerem algo do género do que presenciaram. Se for um caso em que se pode fazer a distinção entre agressor e agredido (isto porque, muitas vezes, os envolvidos na cena de violência estão ambos sem razão e nenhum deles é considerado vítima), as testemunhas até podem não falar, mas o agredido tem obrigatoriamente de falar. Quando ele o fizer, perceberá porquê…
Agora, dar-vos-ei umas pequenas dicas sobre o que fazerem no caso de serem agredidos por alguém.
Primeiro que tudo, deves reflectir sobre qual foi a causa de teres sido agredido. É importante chegares à conclusão que a razão está toda do teu lado, ou não… Claro que é melhor que ela esteja toda do teu lado, pois assim tens mais hipóteses de ver feita justiça.
Se antes da agressão física te foram feitas ameaças, e se sabes que quem te ameaçou é considerado perigoso, deves imediatamente dar o alerta, pois de uma simples ameaça pode vir algo bem pior. Não é uma questão de ter medo, mas também tu deves estar sempre atento… Cuidado com os locais por onde passas! Evita passar por locais escondidos, onde não há vigilância alguma.
Agora a pior parte… Estás a ser agredido… Se és forte, não só fisicamente, mas também psicologicamente, o teu primeiro instinto será retribuir de imediato o que o teu agressor te está a fazer, ou seja, se ele te dá uma estalada, o teu primeiro impulso será dar-lhe outra estalada. Às vezes, poucas alternativas há, sem ser esta… A maior e mais importante de todas é o diálogo. Podes estar a ser agredido, estar fraco, mas ainda tens boca para falar, não tens? Propõe logo o diálogo. As hipóteses de o teu colega te ouvir são mínimas, eu sei, mas não custa tentar. Além disso, este será um argumento que também poderás usar a teu favor posteriormente.
Quando estás a ser agredido só desejarás que aquilo acabe… Irá acabar… E quando acabar pensa no velho ditado “Quem ri por último, ri melhor”. Nesse momento talvez te sintas a pessoa mais fraca do mundo, mas não irás ficar assim para sempre… Então?? Acorda!!!! Foste agredido! Não podes deixar isto ficar assim! Não espalhes a notícia como se de uma oferta de roupa nova da “Dolce & Gabanna” se tratasse. Conta o que te aconteceu aos teus amigos mais próximos. Eles dar-te-ão coragem para denunciares quem te agrediu. E é isso que farás a seguir. Falarás com o teu director de turma, que de certeza te encaminhará para o Conselho Executivo.
A queixa está feita… O pior já passou. Já passou quase tudo. Poderá ainda vir a parte do “frente-a-frente”, em que estarás com quem te agrediu, a relatar o sucedido. O teu agressor pode deturpar um pouco a história, mas que credibilidade tem ele agora?! Ele (ou ela, quem sabe) será castigado.
Quando o castigo dele acabar, pode querer vingar-se (isto se ele for pouco inteligente, claro), por isso, anda com os dois olhos bem abertos. Não te preocupes que as pessoas já devem andar “de olho nele”.
Espero sinceramente que este artigo tenha servido ou possa vir a servir para alguma coisa…

1 comentário:

  1. Ana concidero que adorei este publicamento teu ainda não vi nenhum exepto este mas se forem todos assim cinceramente que confeso que és muito esperta.bem este teu publicamento aletou-me quer dizer não é que me tenham batio aliás nunca me bateram mas na minha escola já aconteceu haver outras guerras entre alunos e até professores só queria saber é que eu tenho medo que um dia me confronte com isso esses tais "chicos espertos" lá da escola se for preciso até num professor injsultam ou são mal educados,mas eu tenho medo se podesses dar mais algumas dicas agradecia

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