sexta-feira, 12 de junho de 2009

Insenax

(Cloridrato de insegutinol)

Xarope anti-insegurança

Composição
10 ml de xarope contêm.... 30 mg de confiança, 10 mg de cloridrato de nervosinol e vestígios de cloridrato superinax

Apresentação
Xarope
- Embalagem com 200 ml

Propriedades
O insegurinol é um fármaco anti-insegurança, activo por via oral com acção central. Este medicamento não tem actividade analgésica, logo, não tem quaisquer efeitos sobre dores derivadas da insegurança acumulada com nervosismo.
Após administração oral de insegurinol, o início do alívio da insegurança surge após 10-20 minutos e após administração intravenosa (por meio de injecções) entre 1-3 minutos, persistindo entre 3-5 horas.

Indicações
Tratamento sintomático da insegurança.
- antes de um acontecimento importante (avaliações, primeiros dias de uma importante etapa da vida, encontros de cariz amoroso ou encontros de trabalho).
- este fármaco pode ser também administrado após um momento menos bom, que, por ventura, pode ter levado à diminuição da auto-estima.

Contra-indicações
Historial de várias crises longas de insegurança
Pessoa cujo nível de insegurança não é muito elevado, pois esses mesmos indivíduos podem vir a sofrer das chamadas “manias de superioridade”.
Não é recomendado o uso de INSENAX durante a gravidez e lactação.
A administração de INSENAX não é recomendada a pessoas com hipersensibilidade ao insegutinol.

Efeitos secundários
Foram reportados casos de pequenos delírios (nomeadamente casos do vulgarmente chamado “pensar grande” e pequenos caprichos), citações frequentes e repetitivas do género “Eu vou conseguir! Eu vou conseguir”, energia excessiva (os indivíduos a quem isto aconteceu, demonstravam grande vontade de saltar, correr e, em algumas casos, brincar com o cão, mesmo se não o tivessem), declamação de poemas de autores famosos e consagrados (para culminar, a pessoa tem tendência a dizer “Fui eu que escrevi isto!”).
Foram reportados também casos raros de tonturas, náuseas e tremores.

Posologia e modo de administração
O esquema posológico abaixo descrito deve ser adaptado às necessidades de cada caso indivudual.
Nos casos de maior insegurança, as doses podem ser aumentadas ligeiramente, sem exagerar, pois o resultado poderá não ser o esperado.

Adultos e crianças com mais de 15 anos
1 colher de sopa (a frisar que este fármaco não pode ser administrado mais do que duas vezes por dia)

Crianças do 10 aos 15 anos
2 colheres de chá (no caso das crianças, o fármaco só pode ser administrado uma vez por dia)

Recomendações
- Comunique ao seu psicólogo, psiquiatra, amigo, cão, piriquito, vizinho, em suma, aqueles que o ouvem (ou pelo menos assim parece) e que nada lhe dizem, os efeitos indesejáveis detectados para este medicamento e que não foram mencionados neste folheto informativo.
- Em caso de agravamento, ou persistência de sintomas, deve consultar o seu médico.
- Verifique o prazo de validade inscrito na embalagem ou recipiente deste medicamento.
- Manter os medicamentos fora do alcance das crianças.
- Manter os medicamentos em lugar fresco e seco!


Boehringer GriFo Ingelheim, Lda.
R. da Farmácia, Ed. Comprimido, 1.º drt frente
7680-548 Aldeia dos fármacos
Tel. – 214356009
Linha verde: não há


Apesar de tudo o que aqui está escrito e da fabulosa/extraordinária venda deste fármaco, o INSENAX é apenas um líquido com sabor a laranja, logo, não é um xarope anti-insegurança. A cura, se assim se pode chamar, para a insegurança encontra-se mais perto do que imagina – dentro de si e nos seus amigos mais próximos, que o poderão ajudar.
Novembro de 2006

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Violência na escola

Antes de desenvolver este tema, quero desde já dizer que não é uma temática da qual eu perceba muito, mas senti que tinha de escrever algo sobre isto.
Todos nós sabemos que, infelizmente, nos estabelecimentos de ensino existe alguma violência. Claro que existe mais nuns do que noutros… Pode ser violência verbal ou física… Pode ser manifestada por qualquer “membro” de uma escola (aluno, professor ou até funcionário).
Muito se tem ouvido falar desta temática pelas piores razões… Certamente todos nós já vimos nos órgãos de comunicação, notícias que denunciam actos irreflectidos da parte de alunos que agridem professores. Penso que isto é das piores coisas que um aluno pode fazer, pois prejudica-se a si próprio e não só… Passo agora a explicar esta parte do “…e não só…”... É certo que nós, alunos, somos provavelmente os membros da escola com mais direitos e privilégios. Agora dirijo-me aos meus colegas que, ao lerem isto, pensarão que eu, de certa forma, “enlouqueci”. Se pensarmos bem, e nos compararmos aos funcionários e professores, veremos que somos os mais privilegiados. Bem…deixarei esta reflexão convosco… Quando qualquer aluno agride um professor (ou até um funcionário) numa determinada escola, é normal que o corpo docente esteja mais atento, primeiramente, em relação aos outros elementos da turma que poderão ter a mesma atitude que o colega teve. Esses alunos perdem a credibilidade que tinham, se assim lhe posso chamar, e os professores estarão muito mais atentos aos seus pequenos erros. Fazendo ainda outra generalização… Imaginemos que a agressão do “tal” aluno ao “tal” professor não foi um caso isolado naquela escola… Essa escola irá ter a “fama” de “escola que tem alunos insolentes e violentos”. Assim, esta perderá crédito e será mal vista. Se existirem vários casos deste género em escolas portuguesas, os “grandes senhores” da Educação em Portugal, retirarão privilégios aos alunos. Tal como diz a velha máxima: “Por um, pagam todos”. E é isto que já está a acontecer…
Falando agora da violência entre alunos… Sei que agora vou fazer uma comparação um pouco estranha, mas espero que a entendam. De certeza que todos vocês já ouviram falar da acção da Inquisição, o tribunal religioso de grande poder do Renascimento… Todos sabem que a aplicação dos castigos às pessoas que assim o tinham merecido (…ou talvez não…) era feito por vezes na praça pública, servindo de espectáculo às pessoas que assistiam. Muitos dos que assistiam adoravam ver aquilo…Ver o sofrimento, a dor, o sangue, as chamas da fogueira onde muitos eram queimados, a fragilidade de quem estava a ser condenado… Que “espectáculo” horrível! Como era possível tal coisa divertir as pessoas?! Bem…isto tudo para dizer que isto ainda hoje acontece…E nas nossas escolas isso acontece imenso!... Quando há uma cena de violência em plena escola podemos ver um aglomerado de gente à volta dos envolvidos na “pancadaria”. Há quem torça pela “vitória” de um dos envolvidos, quem vibre com o que presencia, quem se queira envolver também…Enfim…há de tudo um pouco. Infelizmente, poucos são os que tentam fazer parar aquela cena, ou os sensatos que vão chamar alguém que possa acabar com aquilo. Quando se dão cenas de violência física entre alunos com assistência, esta tem tendência a estabelecer quem foi o vencedor e o vencido.
Mas não nos esqueçamos que também se dão os casos de agressões num local recôndito da escola, em que não haverá testemunhas, e, se as houver, estas não dirão uma única palavra com receio de sofrerem algo do género do que presenciaram. Se for um caso em que se pode fazer a distinção entre agressor e agredido (isto porque, muitas vezes, os envolvidos na cena de violência estão ambos sem razão e nenhum deles é considerado vítima), as testemunhas até podem não falar, mas o agredido tem obrigatoriamente de falar. Quando ele o fizer, perceberá porquê…
Agora, dar-vos-ei umas pequenas dicas sobre o que fazerem no caso de serem agredidos por alguém.
Primeiro que tudo, deves reflectir sobre qual foi a causa de teres sido agredido. É importante chegares à conclusão que a razão está toda do teu lado, ou não… Claro que é melhor que ela esteja toda do teu lado, pois assim tens mais hipóteses de ver feita justiça.
Se antes da agressão física te foram feitas ameaças, e se sabes que quem te ameaçou é considerado perigoso, deves imediatamente dar o alerta, pois de uma simples ameaça pode vir algo bem pior. Não é uma questão de ter medo, mas também tu deves estar sempre atento… Cuidado com os locais por onde passas! Evita passar por locais escondidos, onde não há vigilância alguma.
Agora a pior parte… Estás a ser agredido… Se és forte, não só fisicamente, mas também psicologicamente, o teu primeiro instinto será retribuir de imediato o que o teu agressor te está a fazer, ou seja, se ele te dá uma estalada, o teu primeiro impulso será dar-lhe outra estalada. Às vezes, poucas alternativas há, sem ser esta… A maior e mais importante de todas é o diálogo. Podes estar a ser agredido, estar fraco, mas ainda tens boca para falar, não tens? Propõe logo o diálogo. As hipóteses de o teu colega te ouvir são mínimas, eu sei, mas não custa tentar. Além disso, este será um argumento que também poderás usar a teu favor posteriormente.
Quando estás a ser agredido só desejarás que aquilo acabe… Irá acabar… E quando acabar pensa no velho ditado “Quem ri por último, ri melhor”. Nesse momento talvez te sintas a pessoa mais fraca do mundo, mas não irás ficar assim para sempre… Então?? Acorda!!!! Foste agredido! Não podes deixar isto ficar assim! Não espalhes a notícia como se de uma oferta de roupa nova da “Dolce & Gabanna” se tratasse. Conta o que te aconteceu aos teus amigos mais próximos. Eles dar-te-ão coragem para denunciares quem te agrediu. E é isso que farás a seguir. Falarás com o teu director de turma, que de certeza te encaminhará para o Conselho Executivo.
A queixa está feita… O pior já passou. Já passou quase tudo. Poderá ainda vir a parte do “frente-a-frente”, em que estarás com quem te agrediu, a relatar o sucedido. O teu agressor pode deturpar um pouco a história, mas que credibilidade tem ele agora?! Ele (ou ela, quem sabe) será castigado.
Quando o castigo dele acabar, pode querer vingar-se (isto se ele for pouco inteligente, claro), por isso, anda com os dois olhos bem abertos. Não te preocupes que as pessoas já devem andar “de olho nele”.
Espero sinceramente que este artigo tenha servido ou possa vir a servir para alguma coisa…

Actividade Física na Terceira Idade

Numa sociedade cada vez mais sedentária, que alterna entre a cadeira do escritório e o sofá de casa, impõe-se cada vez mais a prática de exercício físico. Ao colocar as coisas desta forma, transmite-se a ideia de que o exercício físico é uma obrigação, quando pode ser na realidade um prazer que nos irá trazer inúmeros benefícios. Algumas pessoas já se consciencializaram disto, não só os jovens amantes de desporto, mas também adultos e até idosos. Sim, os idosos que hoje gostam de vestir o seu equipamento desportivo e sair à rua.
É justamente a prática de exercício físico na 3.ª idade e sua importância, o assunto abordado ao longo deste artigo que será, quiçá, um exemplo para os mais novos que adoram as actuais práticas desportivas denominadas por zapping, arriscadas manobras do dedo no comando da PlayStation, no teclado do computador ou até nas complicadas teclas do telemóvel que podem trair quem se aventura no maior desporto de todos: mensagens escritas enviadas durante uma aula.
Passemos então aos protagonistas deste texto, ou seja, os avós da geração acima referida. O crescimento demográfico da população sénior tem aumentado consideravelmente na Europa. Basta olharmos para o nosso país para constatarmos isso. É um factor interessante, mas principalmente preocupante, pois o essencial não é viver muitos anos, mas sim viver bem. É ao encontro desta máxima que o exercício físico, aliado a uma alimentação correcta e a uma vida tranquila, se torna de extrema importância.

Condicionantes à prática de exercício físico
Os idosos não têm a mesma condição física que os seus descendentes, estando à partida um pouco condicionados. Mas atenção!...Isto não pode ser considerada uma desculpa!
O processo de envelhecimento é acompanhado por algumas alterações fisiológicas no organismo e surgem doenças crónicas que são, muitas vezes, a “factura” de erros cometidos no passado. A prática de desporto pode ser, assim, condicionada pela diminuição de coordenação motora, da elasticidade muscular e vascular, por desvios da coluna e insuficiência cardíaca.
As alterações psico-sociais, como a depressão, o isolamento social e a baixa auto-estima podem também condicionar não só o bem-estar da pessoa, mas também a disposição para a prática de exercício. É necessário combater tudo isto, de forma a tornar o idoso mais saudável, bem-disposto, sociável e capaz de dar valor a si próprio. O curioso é que é justamente para combater estas condicionantes ao exercício físico que se faz a prática deste.
Quais os benefícios da actividade física?
Difundidos pelos meios de comunicação e por campanhas dos estabelecimentos e instituições de saúde, os benefícios de uma vida activa são já largamente conhecidos, embora isso pareça não ser suficiente para a prática de desporto. Muitos dos benefícios são comuns às várias faixas etárias, mas os idosos ainda têm mais vantagens em se levantarem do sofá sem ser para irem para a cama.
É lógico que se o exercício físico é iniciado cedo e mantido ao longo de toda a vida ajuda a prevenir doenças, como por exemplo, as cardiovasculares e a osteoporose, que são das mais frequentes nos idosos. Mas tal como se costuma dizer, “nunca é tarde demais”, logo, uma pessoa de mais idade pode começar a exercitar-se e isso também lhe trará vantagens, como a diminuição da dor provocada por estas doenças. Mas os benefícios não se ficam por aqui... Há um mal que afecta muitos idosos que o desejariam evitar: são as quedas, que acontecem por anormalidades do equilíbrio, do passo, deficiências visuais, etc., e que se podem tornar bastante perigosas. O exercício físico será como que a poção mágica e milagrosa que eles tanto esperavam. E porquê ? Porque irá fortalecer os músculos das pernas e das costas, melhorar os reflexos, a velocidade do passo, a mobilidade, incrementar a flexibilidade, entre outras. Ainda não estão convencidos? Passarão a estar depois de saberem que se verificam ainda melhorias no equilíbrio, na ingestão alimentar e mantém-se ainda o peso corporal. Mas há mais!... O sistema imunitário também apresentará melhoras no que toca à diminuição de infecções e até de alguns tipos de cancro, a diabetes pode ser prevenida e verifica-se a minimização das alterações cardiovasculares ou pulmonares. O exercício mantém saudáveis os ossos, os músculos e as articulações e, consequentemente, a pessoa, que se irá sentir mais feliz, terá mais possibilidades de estabelecer novas amizades, reduzindo a solidão e a exclusão social. Desenvolve-se ainda a auto-confiança, enorme contributo para o bem-estar psicológico do idoso.
Quem já está convencido, dirá, “são só vantagens!”, mas, infelizmente não é bem assim.

Possíveis riscos
É certo que os benefícios são em maior quantidade e superam os potenciais riscos da prática desportiva, mas eles também existem e, apesar de serem poucos, é importante referi-los.
Sendo assim, há a possibilidade de sofrer lesões ortopédicas, arritmias cardíacas, enfarte agudo do miocárdio (apenas em pessoas que não estejam treinadas e com certos factores de risco) e, em casos muito raros, morte súbita (uma morte em cada milhão e meio de episódios de exercício).
Devido a estes possíveis riscos, é aconselhável o acompanhamento de um médico, que poderá esclarecer o idoso sobre estes mesmos riscos, as razões que o devem levar a praticar exercício e quais os desportos e/ou práticas mais adequadas a ele.

Sugestões de exercícios
Salvo raras excepções, uma pessoa de maior idade não joga uma partida de futebol durante 90 minutos, nem se aventura a lançar um peso de 5kg. É óbvio que a pessoa já não se encontra em condições físicas de realizar tais actividades e, por isso, há algumas mais adequadas para a sua faixa etária.
Em Portugal tem vindo a difundir-se a prática da caminhada. Estudos recentes apontam que este ritual reduz até 50% as doenças cardíacas nas mulheres e em 20% o risco de enfarte nos homens, para além da diminuição dos problemas de hipertensão. Só pelo facto de sermos animais bípedes, a caminhada torna-se de extrema importância a nível físico. Um evento que comprova o gosto que os idosos vêm a adquirir por esta actividade é a Meia Maratona de Lisboa, por exemplo. Hoje em dia já muitas freguesias organizam eventos do género.

Às pessoas de idade avançada aconselha-se também a prática de hidroginástica, pois as propriedades da água oferecem uma ajuda preciosa na movimentação das articulações, na flexibilidade, na diminuição da tensão arterial, na força, entre muitos outros benefícios gerais mencionados anteriormente. Existem ainda outras actividades que os idosos poderão experimentar, consoante a sua condição e aptidão físicas.
Tal como em todas as restantes práticas desportivas realizadas pelas várias faixas etárias, também estas requerem uma organização dos exercícios, começando num aquecimento com exercícios de alongamento e actividade físicas de baixa intensidade, passando pela parte principal onde se incluem exercícios dos vários tipos de resistência e terminando com exercícios de alongamento finais.

Por tudo o que aqui foi dito e por mais algumas razões que tornariam o artigo demasiado extenso, as práticas de actividade física na terceira idade são muito importantes, dados os benefícios que trazem, não só para a saúde física, mas também mental e social. O desporto, nos idosos, deve ser recreativo e não competitivo. Além disso, hoje diz-se muito, “Envelhecer com o desporto, é envelhecer melhor”. Apesar do artigo apenas abordar a relevância do desporto nas pessoas de idade mais avançada, é óbvio que não são eles os únicos a quem se aconselha que se movimentem o mais possível. A actividade física é essencial em todas as idades!


O stress dos testes

É no mês de Outubro (salvo raras excepções) que os alunos voltam a ser confrontados com as fichas de avaliação, vulgarmente denominadas por testes. Depois de um Verão fantástico, do entusiasmo do início das aulas e reencontro com os amigos, eis que começamos a ouvir as frases: “Temos que trabalhar porque o teste é daqui a uma semana!” ; “Não se esqueçam que isto é para o teste”; “E na próxima aula é teste…”. Poderiam ser enunciadas inúmeras citações deste género, que nos deixam com a “cabeça a andar à roda”.
Apesar de muitos não o admitirem, o stress que antecede os testes afecta um grande número de alunos. Existem aqueles que, para onde quer que vão, levam os livros e os cadernos da disciplina a estudar. Muitos dos que se fazem acompanhar pelos livros, apenas querem mostrar que estão interessados em estudar e tirar uma boa nota no teste. É certo que existem também os alunos que se encontram mesmo preocupados, diria eu, obcecados em obter um óptimo resultado. Há quem consiga atingir esse objectivo, mas há também quem não consiga e chore “baba e ranho”, recorrendo ao ombro dos amigos, que se querem ver livres daquele empecilho que é o “marrão frustrado”. Por este mundo fantástico que é a escola, encontramos também certos alunos que, após um teste, debitam estas falas, acompanhadas de soluços: “O teste correu-me tão mal!” ; “Não entendo! Eu tinha estudado tanto (subentenda-se meia hora com pouca concentração mais uma hora sem concentração no estudo, mas com dose extra de atenção aos Morangos com Açúcar ou outra série/programa de televisão)!” ; “Eu não acredito nisto! Tanto estudo para nada!”. Novamente podíamos encontrar imensas frases como estas. Quem é que ainda não se cruzou com o aluno/a que diz a típica frase: “Já sei que vou tirar negativa!” Diga-se de passagem que este é o tipo de frase que eu não suporto. Podemos encontrar também aqueles raros exemplos de alunos que pouco estudam, mas que conseguem bons resultados e que são secretamente invejados pelos marrões. Estes sim, tenho quase absoluta certeza que pouco ou nada se deixam afectar pelo stress dos testes, pois têm uma elevada auto-estima e confiança nas suas capacidades. Esporadicamente, não obtêm o resultado que é habitual, mas isto acaba por lhes passar ao lado, ou seja, não se deixam afectar, e não será por isso que passarão a estudar mais. O segredo para os bons resultados: a atenção e interesse nas aulas. Verificamos também que existem os alunos que se dedicam pouco ao estudo, mas que conseguem ter uma nota razoável, apesar de não terem as mesmas capacidades que os alunos anteriormente referidos. Existem outros alunos que se tentam encaixar neste grupo, mas não conseguem. Ou melhor, pensam que fazem parte deste grupo. São aqueles que passam os olhos pelo livro e, se tiverem tempo, pelo caderno. Estes alunos são muito aplicados no que toca a rever a matéria cinco minutos antes do teste. Aí sim, podemos afirmar que eles são muito aplicados e preocupados. Se estiverem de bom-humor ainda falam um pouco com os colegas sobre a matéria para o teste (subentenda-se que falar, neste caso, é dizer as palavras que se lembram de ter lido no livro, e quem sabe, no caderno). É certo que, nestes casos, são raros os bons resultados. Estes alunos consideram que um Satisfaz Pouco é uma óptima nota. Verificamos também que existem os alunos que se dedicam pouco ao estudo, mas que conseguem ter uma nota razoável, apesar de não terem as mesmas capacidades que os alunos anteriormente referidos. Por fim, existem os alunos que se dedicam ao estudo, mas que não podem ser apelidados de marrões. São aqueles que tiram apontamentos próprios nas aulas, elaboram resumos em casa e têm um bom método de estudo. Apesar disto, facilmente se deixam afectar pelo stress dos testes e pelas notas mais baixas, trabalhando arduamente para recuperar. Talvez existam outros grupos que não foram mencionados, mas que, quem sabe, não serão aqueles de que vocês fazem parte?!
Falando agora especificamente do stress que antecede os testes… Quem é afectado por este stress (peço desde já desculpa pelo uso excessivo deste anglicismo) tem tendência a espalhar mau humor e agressividade (o jovem não se apercebe das suas atitudes) por onde quer que passe. Quando se encontra a fazer algo, pensa que poderia estar a estudar. No dia do teste, acorda mais cedo para fazer aquilo a que chama “dar uma revisão”. Esta é a altura em que o aluno se dá conta de que tem imensas dúvidas. Já na escola, antes do teste, tenta rever novamente a matéria. Apercebe-se de que esta é uma tarefa extremamente difícil, devido ao barulho que o rodeia. O aluno mais nervoso acaba mesmo por se refugiar na casa de banho, onde verifica que outros ruídos o incomodam. É nesta altura que muitos se apercebem de que a sua revisão não adiantará de muito. Fecha os livros, os cadernos, arruma os resumos e… a sua cabeça enche-se de preocupações: “E se o teste for pequeno?”, “E se o teste for difícil”; “E se eu bloquear”; “E se eu confundir a matéria toda?”. Tantos “se’s” que dançam na cabeça do aluno stressado. O aluno extremamente stressado identificar-se-á com tudo o que foi descrito acima. O aluno muito stressado revê-se em três ou quatro características. O aluno stressado sabe que tem duas características acima descritas. O aluno pouco stressado tem, por vezes, uma das atitudes mencionadas.
Existem outras atitudes típicas dos alunos que sofrem de stress pré-teste que talvez não tenham sido mencionadas, mas que, tal como as características dos diversos tipos de alunos, serão encontradas por vocês.
Para finalizar, quero deixar-vos aqui a minha palavra de apoio em relação aos testes. Custa estudar, é verdade….Saber que temos um teste é difícil, é verdade… O nervoso miudinho afecta-nos a todos, é verdade (podem admitir) … Coragem! Todos temos de passar por esse elemento de avaliação.

Ana GriFo
8.º A N.º2

A matemática e a física de mãos dadas

Não! Não mudem de página só porque o título tem as palavras “Matemática” e “Física”. Leiam. Ambas as áreas são interessantes e andam muitas vezes de mãos dadas, ajudando-se mutuamente. Juntando duas coisas interessantes, dá-se uma mistura explosiva, não é?
Muitos (essencialmente alunos do 3.º ciclo) trabalham com a relação entre a Matemática e a Física, mas, muitas vezes nem se apercebem disso.
O que é certo é que a Física não “vive” sem a Matemática e a Matemática não “vive” sem a Física. Não julguem que sou só eu a afirmar isto. Perguntem aos vossos professores de Matemática e Físico-Química, e verão que também eles partilham esta ideia. Se quiserem, podem ir mais longe. Muitos cientistas e matemáticos pronunciaram-se também sobre a relação entre a Matemática e a Física. Não acreditam? Fiquem sabendo que Galileu Galilei disse: “A Natureza está escrita em caracteres matemáticos.”
Acho que quem tem dificuldades em Matemática não vai longe na Física, mesmo com muito esforço. De certeza que alguns de vocês conhecem algumas leis da Física. Mas quantos de vocês percebem as leis, decorando apenas, sem pensarem numa expressão matemática que as traduza? Como vêem, a Matemática ajuda muito a entendermos várias coisas. E como é que acham que os físicos e cientistas provavam as suas leis? Através da matemática, obviamente. Sabem o que disse o primeiro Nobel da Física, Wilhem Roenteg? Ele disse. “O físico precisa de três coisas para o seu trabalho: matemática, matemática e matemática.”
Se pensarem bem, muitos físicos reconhecidos eram simultaneamente matemáticos, tal como Albert Einstein ou Isaac Newton. Talvez existam também alguns matemáticos que têm o “bichinho” da Física dentro de si, pois, tal como o alemão David Hilbert dizia “A Física é demasiado difícil para ser deixada apenas aos físicos.”
Reflictam agora em algumas noções da Física… Por exemplo, a velocidade. Talvez hoje possamos olhar para algo e dizer se o objecto se move a uma grande ou pequena velocidade. Mas não acham isso um pouco subjectivo? Eu julgo ser uma noção um pouco qualitativa, e por isso existe a Matemática, que nos permite determinar o valor da velocidade de algo, através de uma expressão que relaciona a distância percorrida e o tempo (v=d/t). Para alguns alunos isto deve ser como que uma linguagem desconhecida, mas a seu tempo perceberão. Em Física existem muitas outras expressões matemáticas que traduzem algumas situações/enunciados. Para calcularmos a velocidade média, a rapidez média, a energia eléctrica, a potência eléctrica e muitas outras noções, usamos algumas fórmulas. Não vou enumerar nada mais, visto isto ser algo desconhecido para muitos alunos. Mas espero que esses alunos e, principalmente, os outros, já do 3.º ciclo, com a disciplina de Ciências Físico-Químicas, percebam que existe uma grande intimidade e uma forte relação entre a Matemática e a Física. Seria também muito bom que esta relação os ajudasse em várias situações, pois não basta só saber da sua existência, mas também saber aplicá-la. Agora vão poder ver como a Física e a Matemática se tornam ainda mais simples.

Ana GriFo
9.ºA N.º 3

Física

Todos nós já ouvimos falar no termo “Física”… No 1.º e 2.º ciclos pouco ouvimos falar desta área do conhecimento. Mas no 3.º ciclo começamos a ter uma nova disciplina chamada “Ciências Físico-Químicas”. Nesta disciplina ficamos a conhecer novas coisas muito interessantes. Ficamos também a conhecer a evolução de muitas outras coisas e os diversos contributos que a Física nos deu, graças a grandes cientistas, que se dedicaram não só a esta área, mas também a outras.
Já todos ouvimos falar em Galileu Galilei, Isaac Newton, Albert Einstein, etc. Podemos conhecer pouco da vida e obra destas personalidades, mas todos nós reconhecemos os seus nomes. E porquê? Porque são homens famosos… E porque é que são famosos? Porque fizeram algo muito importante, que permitiu a nossa evolução. Mas seria bom que conhecêssemos melhor estas personalidades, e muitas outras, que nos deram novos conhecimentos. Hoje em dia já ninguém diz que a Terra é o centro de tudo, e tudo gira à sua volta… Não! Devemos assim agradecer a implementação da Teoria Heliocêntrica e a queda da Teoria Geocêntrica a Nicolau Copérnico, Galileu Galilei e a outros que defenderam esta ideia. Hoje conhecemos a Teoria da Gravitação e associamos logo à popular história da “queda da maçã” e ao grande Newton, que também concluiu que a luz branca é formada por muitas cores. E quem já não ouviu falar na Teoria da Relatividade do misterioso Albert Einstein?! São coisas que nós ouvimos falar, e que temos a possibilidade de aprofundar graças à disciplina de Físico-Química, como é vulgarmente chamada. Podemos também fazer algumas pesquisas… Não perdemos nada, muito pelo contrário. E podemos também fazer aquelas experiências que tanto gostamos.
A Física é uma área fantástica, que está constantemente a evoluir, e onde descobrimos muitas coisas novas. Por vezes levantamos certas questões a que podemos dar resposta com os conhecimentos que temos sobre Física.
Não penses que a Física é para “maluquinhos” que vivem fechados num escritório repleto de papéis, cálculos e teorias fracassadas. Não!!!... A Física não é para senhores de idade com cabelo grisado e despenteado, e com grandes óculos pousados sobre o nariz. Não!!!... A Física não é nada disso, muito pelo contrário. A Física é muito interessante, e tu vais descobrir isso se te interessares por ela…

Ana GriFo
N.º3 9.ºA

Matemática... apenas um jogo

“Matemática?! Odeio!”
“Não quero saber da Matemática para nada!...”
“Odeio todas aquelas operações!”
Tantas vezes ouvimos estas frases ou outras do género, ou até as dizemos… Mas terão elas razão de ser? Sinceramente, a mim não me parece… (Este texto expressa a minha opinião, mas seria bom que fosse a opinião de todos, ou quase todos).
A Matemática não é aquele bicho de sete cabeças, que todos pensam que é. Ela é essencial na nossa vida. Não apenas neste momento em que somos estudantes, e uma boa nota nesta disciplina é essencial, mas também na nossa vida futura. Vocês devem achar que estas frases são muito vulgares, mas olhem que são bem verdadeiras.
A Matemática não é mais que um jogo… Um jogo divertido, mas que, simultaneamente, nos faz pensar, logo, exercita o cérebro. Muitos de vocês devem gostar de jogar às cartas, Monopólio, damas, Pictionnary,… Outros devem gostar de jogos de computador, quer seja de estratégia ou aqueles mais violentos. A Matemática é quase, mas mesmo quase isto. Cada equação que resolvem é uma passagem para o nível seguinte; cada problema resolvido é um bónus de pontos; cada uso correcto de um compasso, transferidor ou régua é um bónus de vida ganho. Se fores um pouco paciente, não desistires, souberes as regras básicas, poderás ganhar este jogo. Atenção, que só poderás consultar as soluções muito esporadicamente, e apenas para confirmar. Por vezes poderás ter vontade de desistir, mas não o faças! Verás como sabe bem ter conseguido resolver algo que, à partida, te parecia difícil, mas que acabou por se revelar muito fácil.
E este é um dos grandes “segredo” da Matemática… Nunca desistir! Não te podes dar por vencido e deixar que os números se riam na tua cara. Há que as enfrentar!
Se sorrires para os números, verás que será muito fácil gostar de Matemática!